EXERCÍCIO III: Livre-arbítrio e responsabilidade

6 jan 2015
19h

Estamos habituados a pensar que somos livres para decidir e escolher os nossos atos. Não passará esta certeza de uma ilusão? Experiências na área das neurociências colocam dúvidas sobre a existência do livre-arbítrio, embora não exista consenso dos cientistas e dos filósofos quanto à interpretação dessas mesmas experiências. A discussão sobre este conceito é, aliás, muito antiga. O mais tardar desde Santo Agostinho que a existência do livre-arbítrio tem sido uma questão central na História da Filosofia e da Teologia e, mais recentemente, na História da Ciência.
Ao longo do processo histórico, a relação entre livre-arbítrio e responsabilidade tem passado pela discussão sobre a compatibilidade do determinismo e do indeterminismo com o livre-arbítrio. Somos simultaneamente livres (subjetivamente, no sentido de que a liberdade seria uma prática exigente, o livre arbítrio uma conquista difícil) e não livres (objetivamente, na medida em que somos uma parte da natureza, regidos pelas suas leis)?
Que implicações morais e que consequências para a sociedade, nomeadamente no Direito, teria a ausência do livre-arbítrio? Ou será o livre-arbítrio parte integrante da natureza humana, seguindo a afirmação de Jean-Paul Sartre     "… nous ne sommes pas libres de cesser d’être libres”?
Margarida Gouveia Fernandes
(Programadora dos Encontros Garrett)

com Carlos Fiolhais (Professor da Universidade de Coimbra) e Guilherme d'Oliveira Martins (Presidente do Centro Nacional de Cultura)
moderadora Ana Gerschenfeld (Jornalista de Ciências do Público)

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