Marguerite D.

Este é um projecto que se pretende uma viagem de memórias pessoais, pelas memórias de um outro - Marguerite Duras, utilizando textos desta escritora que nos falam de vidas "vividas”, desejadas, mortas, (re)inventadas.
O amor, o desejo, a dor, a morte, estão presentes nestas "vidas cheias de nada e de nada cheias”, vidas que se (re)inventam a si próprias, pontuadas de elementos pessoais, datados, passados e, sempre e a todo o momento, presentes.

A vida e a obra de Marguerite Duras encantaram/apaixonaram os intervenientes deste projecto que procuram a sua transmutação (em parte) para o teatro sob a designação de Marguerite D.

Jogos de representação, rostos/máscaras, actores/personagens, verdades distanciadas pelo tempo, pela escrita, pela leitura…

Viagens por territórios diversos (do corpo e da mente) resultaram, em um magma que nos invade(iu) por via da palavra escrita por uma "mão que escreve” (escreveu), numa liberdade em que está (esteve) presente "a mesma loucura que na vida”.

Manuel Sardinha