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direçãoFrancisco Camacho
23 - 28 jun 2009

3ª a sáb. 21h45
dom. 16h15

direcção Francisco Camacho
alunos actores Ana Rosa Mendes, André Patrício, Bernardo Zabalaga, Cristian Simois, Dinis Machado, Joana Barros, Raquel André, Susana Alrac, Tiago Cadete e Tiago Nogueira
alunos design de cena Ana Cotovio e Inês Costa
alunos dramaturgia Soraia Stattmiller
alunos produção Adilson Gomes, Irlando Ferreira e Rita Machado
professores responsáveis José Espada (design de cena); David Antunes (dramaturgia); Conceição Mendes (produção)

gabinete de produção ESTC Pedro Azevedo, Conceição Alves Costa e Rute Reis
mestra de guarda-roupa Olga Amorim

exercício final dos alunos finalistas da licenciatura em Teatro da Escola Superior de Teatro e Cinema

Se eu quiser ocupar o lugar do outro, que estratégia posso tomar, que truques posso utilizar? É aquele lugar, aquele espaço onde o outro está e não outro, é aquele o sítio para onde quero ir e onde quero ficar. O outro quer tanto como eu ocupar o lugar em que estou. Está em causa o negociar da troca, o preciso momento da passagem. É necessário que se valorize a troca, que se sublinhe que eu vou daqui para ali, encontrando-me e relacionando-me com o outro, nesse instante em que me cruzo com ele. Vou para ali, mas não vou de um modo qualquer. Vou, mas vou em trabalho. Tenho um affaire marcado.

Neste encontro com o outro, com os outros, não existe propriamente a expressão de emoções. Há a criação e logo destruição de vínculos, num encontro físico de um corpo em movimento que, propositadamente ou não, acaba por falar por nós. E apercebemo-nos que, quando este corpo fala demais, aquilo que queríamos de facto dizer acaba por esvaziar-se de sentido. A repetição de um mesmo gesto, de um mesmo momento esvazia-o de qualquer significação. A mecanização e monotonia do encontro mantêm paradoxalmente o interesse, tornando-se uma novidade a cada repetição, numa concretização hipnótica. Privilegia-se a percepção do fenómeno, o aspecto estético induz a nada mais do que perceber a mecânica do jogo. O espectador torna-se consciente da fisicalidade e da presença do actor pela relação proxémica que existe entre quem ocupa determinado lugar e o intérprete em acção. A linguagem do corpo começa por ser a linguagem dos affaires: a diversidade e particularidade de cada corpo, onde habita um ser, que é único, são o que motiva o encontro com o outro, para logo de seguida se inverter (ou converter) num taylorismo lúdico do gesto que se vai esvaziando de qualquer sentido.

Bem-vindos, cá estamos. Estamos, mas estamos em trabalho. Temos um affaire marcado.

Soraia Stattmiller
(aluna de dramaturgia)

direcção Francisco Camacho
alunos actores Ana Rosa Mendes, André Patrício, Bernardo Zabalaga, Cristian Simois, Dinis Machado, Joana Barros, Raquel André, Susana Alrac, Tiago Cadete e Tiago Nogueira
alunos design de cena Ana Cotovio e Inês Costa
alunos dramaturgia Soraia Stattmiller
alunos produção Adilson Gomes, Irlando Ferreira e Rita Machado
professores responsáveis José Espada (design de cena); David Antunes (dramaturgia); Conceição Mendes (produção)

gabinete de produção ESTC Pedro Azevedo, Conceição Alves Costa e Rute Reis
mestra de guarda-roupa Olga Amorim
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