Ciclo Música e Poesia - Seixas versus Scarlatti

em parceria comMetropolitana
7 out 2017
18h
piano Savka Konjikusic 
com José Neves
Continuidade e reinvenção é o binómio que marca a programação de música de câmara no qual se apresentam, em 2017/18, os Solistas da Metropolitana. Programação de entre a qual se destaca o ciclo consagrado à articulação entre a música e a palavra dita ou a palavra subjacente, que tomará forma numa nova parceria entre a Orquestra Metropolitana de Lisboa e o D. Maria II.

No quadro deste projeto, os atores juntam-se aos músicos apresentando um ciclo de seis concertos numa polifonia latente entre o som e o verbo, sempre aos sábados.

 

Seixas versus Scarlatti
Juntar obras de Carlos Seixas e de Domenico Scarlatti num só programa é maneira de desvendar um pouco acerca da Lisboa que praticamente desapareceu na sequência do terremoto de 1755. Natural de Coimbra, Seixas distinguiu-se desde bastante cedo enquanto organista. Com apenas dezasseis anos de idade, mudou-se para junto do Tejo para desenvolver uma carreira que se estendeu desde a opulência das cerimónias litúrgicas ao mais recatado convívio social dos salões da nobreza. Ao contrário de tantos outros músicos portugueses da época, não teve formação em Itália. Mas o cosmopolitismo do reinado de D. João V permitiu-lhe enriquecer os conhecimentos técnicos e estilísticos por intermédio das partituras que chegavam de toda a Europa e do contacto com músicos estrangeiros contratados pela corte. Era o caso de Domenico Scarlatti, filho de um dos mais importantes compositores líricos da época e que também veio para Lisboa por volta de 1720, para assumir as funções de compositor régio e de professor dos infantes. Manteve o posto durante mais de uma década, até que em 1733 acompanhou a princesa Maria Bárbara até Madrid, quando esta casou com o Rei de Espanha Fernando VI. Revela-se, assim, um diálogo imaginário entre as sonatas destes dois grandes compositores no cenário dos amplos corredores do Paço da Ribeira. Carlos Seixas era bastante mais novo, e Scarlatti um músico espontâneo e impulsivo. Cada um com méritos próprios, ambos inscreveram os nomes entre as mais ilustres referências do repertório para tecla da primeira metade do século XVIII, ao lado de figuras como Bach, Couperin ou Rameau.

piano Savka Konjikusic 
com José Neves
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