Conferência de Imprensa e Outras Aldrabices

16 - 26 jun 2005
3.ª a Sáb. 22h
Dom. 16h15
encenação Jorge Silva Melo
assistido por Sérgio Grilo e João Miguel Rodrigues
textos Harold Pinter, Antonio Onetti, Antonio Tarantino, Arne Sierens Davide Enia, Duncan McLean, Enda Walsh, Finn Iunker, irmãos Presniakov, Jon Fosse, Jorge Silva Melo, José Maria Vieira Mendes, Juan Mayorga, Letizia Russo, Marcos Barbosa, Miguel Castro Caldas, Spiro Scimone e uma canção de Boris Vian
traduções António Gonçalves, Filipe e Nina Guerra, Gastão Cruz, Joana Frazão, Jorge Silva Melo, José Costa Ideias, José Maria Vieira Mendes, Letizia Russo, Nuno Júdice, Pedro Marques, Pedro Porto Fernandes

cenografia Rita Lopes Alves e João Calvário
figurinos Rita Lopes Alves
assistência de cenografia Sara Nunes
apoio musical Rui Rebelo
pianista Mário Frasco
luz Pedro Domingos
voz e elocução Rui Baeta

com Américo Silva, Andreia Bento, António Filipe, António Simão, Elsa Galvão, Gonçalo Waddington, Joana Bárcia, João Meireles, João Miguel Rodrigues, Lia Gama, Miguel Borges, Pedro Carraca, Sérgio Grilo, Sylvie Rocha

produção Artistas Unidos (Manuel João Águas e Pedro Patrício)
co-produção TNDM II e Artistas Unidos

Há pouco mais de um ano, acabado de chegar ao Teatro Nacional D. Maria II, depois de ter assistido à encenação de Terrorismo, dos irmãos Preshniakov, em conversa com o seu encenador Jorge Silva Melo e, atento ao seu grande humor crítico e à sua qualidade a "recontar eventos”, pareceu-me evidente desafiá-lo para conceber um "cabaret actual” – a apresentar na Sala Estúdio do TNDM II.

Assim surgiu esta Conferência de Imprensa e outras Aldrabices, em que Jorge Silva Melo mais uma vez nos brinda com a "gargalhada contida” sem pensarmos que o riso advém de, quase inevitavelmente, análises inconscientes e contundentes da vida. Com este "cabaret político” fica claro que a crítica mordaz à sociedade em que vivemos, e a capacidade de nos rirmos de nós próprios, continua a ser uma realidade e uma necessidade na "grande Europa” em que coexistimos.

A partir de um sketch de Harold Pinter (Conferência de Imprensa) estreado em Londres em 2002, muitos escritores que têm trabalhado com os Artistas Unidos - da Sicília, das ilhas do Norte da Escócia, do Brasil, de Ekaterinemburgo, de Sevilha e de Lisboa também – escreveram, em homenagem a Pinter, pequenos sketches de "revista” política.

António Lagarto



Em tempo de guerra limpam-se armas

A partir de um sketch de Harold Pinter (Conferência de Imprensa) estreado em Londres em 8 de Fevereiro de 2002 e nesse mesmo dia lido por mim e pela Joana Bárcia naquela que foi a nossa casa (A Capital - Teatro Paulo Claro), convidámos muitos escritores que connosco trabalharam, e outros com quem queremos vir a trabalhar, convidámos amigos para escreverem, em homenagem a Pinter, pequenos sketches de revista politica.

Harold Pinter sempre se interessou por esta forma de teatro rápida, simples, popular onde a linguagem esconde e revela, a palavra canta e tapa, descobre e invectiva.

E as respostas que tivemos, vindas de toda parte, de Messina ou Palermo, Turim ou Roma, São João do Estoril ou da rua da Costa do Castelo, Salvador da Baía, Bergen, Gand, Sevilha, Madrid, Brasil ou Ekaterinemburgo, até das distantes ilhas Orckney e de Londres provam a admiração dos nossos contemporâneos, a nossa gratidão para com Harold Pinter e o seu laconismo impiedoso.

É que em tempo de guerra também se limpam armas.

E talvez seja só isso o que podemos fazer, artistas, no meio desta brutalidade imperialista, desta exploração, deste colonialismo para que fomos sendo atirados: talvez só possamos limpar armas, limpar palavras, chamar as coisas pelo nome.

E são estes os sketches afiados, limpos, inteiros – a resposta possível, neste tempo de guerra, a resposta rude, grosseira, mal-educada, bruta, a resposta necessária aos disparates do mundo.
Onde ainda ecoam as cantigas da Grande Guerra que Joan Littlewood recolheu para o seu memorável Oh What a Lovely War ou aquela de Boris Vian que ainda nos comove Meu caro presidente/ a carta que te vou escrever...
Armas limpas: o teatro serve para quê?

Jorge Silva Melo

encenação Jorge Silva Melo
assistido por Sérgio Grilo e João Miguel Rodrigues
textos Harold Pinter, Antonio Onetti, Antonio Tarantino, Arne Sierens Davide Enia, Duncan McLean, Enda Walsh, Finn Iunker, irmãos Presniakov, Jon Fosse, Jorge Silva Melo, José Maria Vieira Mendes, Juan Mayorga, Letizia Russo, Marcos Barbosa, Miguel Castro Caldas, Spiro Scimone e uma canção de Boris Vian
traduções António Gonçalves, Filipe e Nina Guerra, Gastão Cruz, Joana Frazão, Jorge Silva Melo, José Costa Ideias, José Maria Vieira Mendes, Letizia Russo, Nuno Júdice, Pedro Marques, Pedro Porto Fernandes

cenografia Rita Lopes Alves e João Calvário
figurinos Rita Lopes Alves
assistência de cenografia Sara Nunes
apoio musical Rui Rebelo
pianista Mário Frasco
luz Pedro Domingos
voz e elocução Rui Baeta

com Américo Silva, Andreia Bento, António Filipe, António Simão, Elsa Galvão, Gonçalo Waddington, Joana Bárcia, João Meireles, João Miguel Rodrigues, Lia Gama, Miguel Borges, Pedro Carraca, Sérgio Grilo, Sylvie Rocha

produção Artistas Unidos (Manuel João Águas e Pedro Patrício)
co-produção TNDM II e Artistas Unidos

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