Duplo

O projecto parte da ideia de duplo, no sentido amplo e geral de duplicação.

Parte também, muito concretamente, da ideia de duplo tal como está descrita no poema de Heinrich Heine, "Der Doppelgänger", utilizado por Schubert e incluído no conjunto de "Lieder" - "Schwanengesang": a descrição de uma imagem que «imita» o sofrimento do sujeito que fala.

A partir deste universo conceptual e imagístico, o projecto considera propor modalidades de relação entre os elementos duma partitura (a palavra e a musica), entre o som e a sua produção (piano, voz), entre imagens acústicas e imagens visuais, entre um intérprete e outro intérprete.



O poder evocativo da palavra num espectáculo de música e vídeo

Partindo do conceito de "duplo” presente num poema de Heinrich Heine e que podemos descrever como uma imagem que imita o sofrimento do sujeito que fala, este espectáculo sublinha as relações entre os elementos de uma partitura (palavra e música), entre o som e a sua produção (piano e vozes), entre imagens acústicas e imagens visuais, entre um intérprete e o outro.
Luís Madureira apresenta com Rui Baeta, João Madureira, Pedro Madeira, Nuno Meira, Jeff Cohen, e João Vasco de Almeida um espectáculo onde se cruzam diferentes formas de expressão artística e diferentes sensibilidades face a um mesmo ponto de partida.  Produzido pelo Teatro Nacional D.Maria II, em colaboração com o Festival Temps D’Images, este espectáculo apresenta uma reinterpretação da poesia de Heine e da música de Schubert. Ao contextualizar estes autores num tempo de modernidade e tecnologia, fica reforçada a universalidade e intemporalidade da arte.