La Belle Époque
La Belle Époque
G. Balay Pièce de concours
G. Fauré Clair de lune, Op. 46/2
G. Fauré Rêve d’amour, Op. 5/2
P. Gaubert Cantabile et Scherzetto
H. Duparc Chanson triste
C. Debussy Nuit d’étoiles
F. Thomé Fantasia em Fá Maior
R. Hahn À Chloris
R. Hahn Si mes vers avaient des ailes!
G. Ropartz Andante et Allegro
F. Poulenc Les chemins de l’amour, FP 106-Ia
G. Parès Fantaisie Caprice
C. Saint-Saëns Mon coeur s’ouvre à ta voix, ária da ópera Samson et Dalila
«Belle Époque» é a expressão francesa que traduz o sentimento nostálgico sobre as décadas anteriores à Primeira Grande Guerra. Do outro lado da moeda lê-se uma outra expressão, também ela francesa e bastante conhecida – «Fin-de-siècle». Esta, por seu turno, alude ao espírito de incerteza que inquietava os espíritos na aproximação ao século XX, dando origem a uma manifesta vontade de mudança e comportamentos excessivos. A aparente contradição que aqui se vislumbra, considerando que ambas reportam ao mesmo período histórico, espelha bem a riqueza e a complexidade da rede de estímulos intelectuais e artísticos que povoava o meio cultural parisiense da época, e que dali irradiavam para toda a Europa. Este recital constrói-se numa estreita afinidade com a vertente mais benévola do diálogo que artes mantinham com as profundas transformações civilizacionais que então se precipitavam. Ao invés do decadentismo ideológico ou da exploração arrojada dos limites, dá primazia a um distanciamento romântico que não esconde desapontamento nem ironia, mas que busca respostas na compostura e na elegância. Assim, o programa alterna o timbre brilhante da trompete com a entoação dolente da voz soprano. Os fraseios delicados da parte instrumental desenham-se em obras incontornáveis do repertório para trompete, composições de nomes desconhecidos do grande público, tais como Guillaume Balay, Philippe Gaubert, Francis Thomé, Guy Ropartz ou Gabriel Parès. A arte da «mélodie» (a canção francesa, por excelência) recorda-nos nomes bastante mais sonantes. São os casos de Gabriel Fauré, Henri Duparc, Claude Debussy e Francis Poulenc. A voz e a trompete juntam-se, por fim, numa ária da ópera Samson et Dalila de Camille Saint-Saëns.
G. Balay Pièce de concours
G. Fauré Clair de lune, Op. 46/2
G. Fauré Rêve d’amour, Op. 5/2
P. Gaubert Cantabile et Scherzetto
H. Duparc Chanson triste
C. Debussy Nuit d’étoiles
F. Thomé Fantasia em Fá Maior
R. Hahn À Chloris
R. Hahn Si mes vers avaient des ailes!
G. Ropartz Andante et Allegro
F. Poulenc Les chemins de l’amour, FP 106-Ia
G. Parès Fantaisie Caprice
C. Saint-Saëns Mon coeur s’ouvre à ta voix, ária da ópera Samson et Dalila