Encruzilhadas Artísticas para Criar, Resistir e Subverter

Formação
conceção e coordenaçãoJoyce Souza
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Nesta formação, explora-se de modo prático e teórico os conceitos de "encontro" e "encruzilhada", numa proposta de reflexão e experimentação de ações artísticas que vinculem a criação com processos sociopolíticos de resistência e de subversão.

Considerando que forma é conteúdo, experimentam-se dinâmicas de criação, fazem-se trocas sobre procedimentos artísticos, fomenta-se a partilha de referências e o diálogo de metodologias. Através do encontro entre as pessoas participantes, os materiais a serem partilhados e o território, identificam-se inquietações comuns e criam-se breves ações performativas.

Sabendo que toda arte é política por excelência e que as encruzilhadas nos convocam à ação, reflete-se sobre as práticas artísticas de modo interdisciplinar. Esta formação é um convite à criação e seus processos, uma partilha que se dá no cruzamento entre corpo-político, identidades, afrografias, contra-colonialidades, epistemologias afrodiaspóricas, ocupação e presença.


CALENDÁRIO

 
30 set – 1 out   Joyce Souza 
7 – 8 out   Dori Nigro
14 out   Joyce Souza 
15 out   Neusa Trovoada 
21 – 22 out   Luan Okun 
28 out   Joyce Souza 
29 out   Mia Menezes
4 – 5 nov
  Sara Fonseca da Graça | Petra.Preta 
11 – 12 nov   Wura Moraes
18 nov   ROD
19 nov – 9 dez  Joyce Souza
 

SESSÕES COM CONVIDADOS


Sessões com Dori Nigro
Pedagogias de Resistência (7 – 8 out)
Os encontros propõem momentos de ações e reflexões disparados por tecnologias que se debruçam sobre problemáticas humanas, partindo de poéticas políticas da performance art afrodiaspórica que avivam sensibilidades de observação, atuação e reinvenção da realidade. Através de metodologias cruzadas, buscar-se-á, noutras cosmologias, pedagogias de autonomia e emancipação. A sessão terá uma vertente prática e teórica, provocando uma reflexão crítica através dos dilemas da vida e do viver na arte.

Sessões com Luan Okun
A Importância do Descanso e Preparação Corporal (21 out)
Neste primeiro workshop com Luan Okun, explora-se a importância do descanso como um componente vital para a saúde física e mental, especialmente em contextos de marginalização racial e social. A sessão inclui uma preparação corporal que integra atividades físicas e práticas espirituais, utilizando ervas encontradas nas ruas de Lisboa, além de uma análise sobre as propriedades terapêuticas e a relevância cultural e histórica dessas ervas em práticas de cura ancestrais.

Desenvolvimento do Pensamento Crítico e Político na Criação Artística (22 out)
Nesta sessão, discute-se como as práticas artísticas podem ser ferramentas poderosas para a contestação de estruturas opressivas. Através de debates e exercícios práticos, trazendo como referência base o Teatro do Oprimido de Augusto Boal, reflete-se sobre o papel do artista como agente de mudança social. Para finalizar a sessão, realizam-se atividades voltadas para o fortalecimento da autoestima, ponto crucial dentro das comunidades racializadas.
> notas biográficas

Sessão com Mia Menezes
Sensualidade como resistência de corpos não normativos (29 out)
Nesta sessão procura-se um lugar íntimo de partilha e exploram-se ferramentas de auto-cuidado do corpo como matéria de resistência. Procura-se a beleza nos corpos através do toque dos pares, questionando o que se entende por sensualidade, desconstruindo o pensamento normativo da sociedade sobre a temática. 

Sessão com Neusa Trovoada
Figurações do futuro (15 out)
Oficina-instalação que propõe imaginar o futuro envolvendo um processo dinâmico de resignificação de ritmos, ações, formas: habitar o poético, a partir do reflexo de um espelho, procurando diversas possibilidades de interrogar os limites; antecipar ou explorar o tempo além da linearidade ou pressentir ciclos; criar mundos; olhar o espelho e ampliar o reflexo.
> notas biográficas

Sessão com ROD
Mitologias Cuír (18 nov)
Nesta oficina propõe-se um exercício coletivo de produção de imaginários, a partir de experiências individuais e comunitárias, que se contrapõem – em termos de raça, género e corpo –, aos mitos que fundaram a Europa e o seu projeto único de mundo. A partir das mitologias queer, ativa-se uma prática fabulatória e ficcionista de escape que consiga, ou que tente, subverter as categorias de humano e não-humano, de vivo e não-vivo, na busca por um protesto reconciliatório com outras formas de se pensar a nossa existência em harmonia com o que chamamos de "natureza”.

Sessões com Sara Fonseca da Graça | Petra.Preta 
Biomitografias - a imaginação como cura (4 – 5 nov)
Esta oficina multidisciplinar propõe-se a pensar sobre o poder da imaginação e da fabulação enquanto ferramentas de cura e transformação. Através de exercícios criativos, cruzando desenho-pintura-performance-escrita, reflete-se como se pode re-significar, reescrever e tomar autoria das nossas histórias, pessoais e coletivas, desde a memória do passado à memória do futuro. Um convite para entrar na biomitografia* e ampliar o termo literário à prática das artes visuais/plásticas.
*Biomitografia: termo literário cunhado por Audre Lorde no seu livro Zami, Uma nova grafia do meu nome, para descrever uma composição de mito, história e biografia através de uma narrativa épica.

Sessões com Wura Moraes 
Autodidança - Técnica de treinamento autónomo (11 – 12 nov)
A Autodidança traz uma metodologia para progressão autónoma de movimento, através de uma introdução às técnicas estruturantes do método 5 Pontos do Freestyle, de Loke Wolf (Bahia/Brasil). Este encontro dará ênfase ao desenvolvimento criativo e à interpretação expressiva da dança, permitindo que os participantes expandam o seu vocabulário de movimentos e ferramentas para otimizar o seu tempo de pesquisa e de criação. Na preparação corporal, cada etapa é pensada para gerar confiança e autoconhecimento, trabalhando a percepção de si próprio em relação com o próximo, reconhecendo e ampliando a perceção do potencial expressivo de cada indivíduo.
> notas biográficas

HORÁRIO

seg e ter, 19h – 22h 

> inscrições encerradas

conceção e coordenação Joyce Souza

dirigido a artistas com e sem deficiência e S/surdos (incentivamos a inscrição de todas as pessoas, independentemente da sua origem étnica, idade, identidade de género, orientação sexual e religião, e em particular artistas que se identificam com grupos sub-representados na área das artes performativas)

assistência Lucila Clemente
sessões com Dori Nigro, Luan Okun, Mia Meneses, Neusa Trovoada, ROD, Sara Fonseca da Graça | Petra.Preta, Wura Moraes

número de sessões 21
carga horária de cada sessão 3h
número de participantes 20 (máx.)

parceria Fundação GDA
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