Muna

15 - 26 out 2008

Versão para infância
3.ª 11h00 e 15h00
(escolas)
4.ª a 6.ª 11h00 (escolas)
Sáb. 16h15

Versão Adultos
4.ª a Sáb. 21h45
Dom.16h15

dramaturgia e direcção Ana Vitorino, Carlos Costa e Catarina Martins
cenografia e adereços João Calvário
figurinos Ana Luena a partir de ilustrações originais Júlio Vanzeler
banda sonora original e sonoplastia João Martins
desenho de luz José Carlos Coelho

com Ana Vitorino, Carlos Costa, Catarina Martins,  João Martins, Rui Queirós de Matos e Pedro Carreira

produção Visões Úteis

O Teatro Nacional D. Maria II apresenta "Muna”, uma produção do colectivo teatral Visões Úteis. A partir do poema "O Rei dos Elfos”, de Goethe, e do universo do ilustrador Júlio Vanzeler, o projecto desdobra-se em dois formatos: um espectáculo para crianças e uma versão para maiores de 12 anos.

"Muna” é um projecto que, partindo de uma mesma concepção dramatúrgica, plástica e sonora, dá origem a dois espectáculos: um apresentado de dia e outro apresentado de noite, "Muna” para a infância e "Muna” para adultos, respectivamente. Explora-se o momento entre o sonho e o acordar, em que realidade e ficção se unem. O mundo fantástico que adultos e crianças partilham mas percepcionam de modos diferentes. Todos os meios ao serviço do espectáculo (texto, som, luz, cenografia, figurinos, interpretação) se desdobram em duas versões de uma mesma experiência.

"Nas duas versões de espectáculo que criamos, exploramos as reacções a ‘Muna’ em idades diferentes.” Assim define o projecto o Visões Úteis que, apesar da auto-suficiência de ambas as versões, nelas reconhece o que têm de comum e aquilo em que se distinguem: "o medo, o desejo, a entrega ao mergulho, a fuga, a necessidade de domínio, a procura de um porto de abrigo”.


VERSÃO PARA A INFÂNCIA

Num quarto, uma criança está deitada na cama. Está doente e os pais vigiam-na. No seu sono de febre a criança mergulha num território estranho e desconhecido, onde se imagina um super-herói. Os objectos e vozes do quarto confundem-se com as personagens excêntricas desse mundo sonhado. O nosso herói vive uma aventura inesperada com um pé na realidade e outro na fantasia. Enquanto luta com o Rei dos Elfos para salvar a lua roubada, toma o xarope que o pai lhe dá.

"Quem cavalga assim na noite e ao vento?
É o pai que leva consigo o rebento
Leva nos braços envolta a criança,
Mantém-na quente e em segurança.

Meu filho, porque estás tu a tremer?
Pai, o Rei dos Elfos, não o estás a ver?
O Rei dos Elfos, de cauda e coroa?
Meu filho, é só o nevoeiro que voa.

‘Linda criança, vem, vem comigo!
Belos jogos jogarei contigo
O meu Reino tem praias com flores decoradas,
A minha mãe tem vestes a ouro bordadas.’

Meu pai, meu pai, não estás a escutar
O que o Rei dos Elfos diz a sussurrar?
Tem calma, meu filho, sossega um momento:
São as folhas secas quando sopra o vento.”

excerto de "O Rei dos Elfos”, de Goethe (tradução de Ana Vitorino)

Duração 40 min.
M/4 anos


VERSÃO PARA ADULTOS

Num quarto, um pai que perdeu um filho está deitado na cama. No seu delírio de dor mergulha num território estranho e desconhecido de onde não consegue fugir. As memórias e os remorsos confundem-se com as personagens bizarras desse mundo que inexplicavelmente o interpela. Numa batalha perdida à partida, o pai tenta dominar a sua esmagadora impotência. Num mundo que foge a qualquer lógica, tenta encontrar o caminho de volta à realidade.


"Bela criança, queres vir para cá?
As minhas filhas por ti esperam já.
Elas à noite pelo rio andam
E embalam-te e dançam e para ti cantam.”

Meu pai, meu pai, não estás a vislumbrar
As filhas dele naquele escuro lugar?
Meu filho, meu filho, o que estou a ver:
São velhos salgueiros na sombra a mexer.

"Eu amo-te, atrais-me, ó belo rapaz
Mas se não vens a bem, à força virás.”
Meu pai, meu pai, ele está a agarrar-me!
O Rei dos Elfos quer à força levar-me!

O pai, com pavor, lesto cavalgava,
A criança envolta nos braços chorava,
Com esforço chegou por fim a uma porta
Nos braços a criança estava já morta.

excerto de "O Rei dos Elfos”, de Goethe (tradução de Ana Vitorino)

dramaturgia e direcção Ana Vitorino, Carlos Costa e Catarina Martins
cenografia e adereços João Calvário
figurinos Ana Luena a partir de ilustrações originais Júlio Vanzeler
banda sonora original e sonoplastia João Martins
desenho de luz José Carlos Coelho

com Ana Vitorino, Carlos Costa, Catarina Martins,  João Martins, Rui Queirós de Matos e Pedro Carreira

produção Visões Úteis

Fechar
Newsletter D. Maria II
Fechar Política de Cookies

O Teatro Nacional D. Maria II usa cookies para melhorar a sua experiência digital. Ao continuar a navegação está a autorizar o seu uso.
Consulte a nossa Política de Privacidade para saber mais sobre cookies e o processamento dos seus dados pessoais.

Aceitar