D. Juan (Molière)

29 jun - 2 jul 2006

Mostra Internacional de Teatro – Junho | Julho
Portugal, Espanha, França, Canadá, Roménia, Itália, Brasil


Portugal
29 | 30 | 1 de Julho 21h30
2 de Julho 16h00

Sala Garrett
Duaração 2h00

D. Juan, de Molière
Direcção Kuniaki Ida
Teatro do Bolhão, Porto
 
A grande quantidade de lendas e contos medievais em que o herói, ímpio e libertino, é D. Juan testemunha a enorme popularidade desta personagem desde há muitos séculos e de que forma, desde cedo, a mesma foi assumida pelo Ocidente como figura “arquetípica” de um comportamento e de um estilo de vida tentador mas que, a ser seguido, só pode conduzir a um único desfecho, a um único destino: a morte e o inferno.

Diz a lenda que D. Juan, por incapacidade de se fixar numa única mulher, por incapacidade de amar, por amar sucessivamente várias mulheres, ou fruto de uma vaidade compulsiva e de uma necessidade doentia de ser querido, não perde ocasião para acrescentar ao seu lote de amantes uma mais, nunca tendo em consideração os sentimentos ou os sonhos da sua nova presa.

Jean-Baptiste Poquelin, mais conhecido como Molière, nasceu em Paris nos anos 20 do século XVII, foi dramaturgo, actor e encenador e é unanimemente considerado como um dos mais importantes mestres da comédia satírica. A sua obra - como aliás a sua vida – é pautada por sucessivos escândalos e interdições, problemas a que inevitavelmente é conduzido a partir do momento em que opta por usar a literatura como meio de crítica social e de costumes e cria para a sua obra um lema, que segue quase cegamente, e que resumidamente determina que “ridendo castigat mores"", ou seja, que “rindo se castigam - ou criticam - os costumes”.

Inspirando-se na obra do madrileno Tirso de Molina  (1584 – 1648), El Burlador de Sevilla, Molière, como tantos outros depois de si, “usa” a simbologia associada a Dom Juan para, uma vez mais, criticar o “mau uso” do amor pelos homens e moralizar todos quantos se pudessem rever naquela situação, indicando que o fim dos “abusadores” só pode ser a morte, uma morte horrível e sem redenção.

Às sucessivas e ininterruptas “releituras” deste mito da cultura ocidental, feitas por, entre tantos outros, Lord Byron, George Bernard Shaw, Mozart/ Lorenzo da Ponte ou Richard Strauss, deve agora juntar-se uma nova leitura, a do encenador japonês Kuniake Ida para o Teatro do Bolhão.

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