Ilíada, Odisseia (Homero) e Eneida (Virgílio)

19 - 21 jul 2006

Mostra Internacional de Teatro – Junho | Julho
Portugal, Espanha, França, Canadá, Roménia, Itália, Brasil


Itália
19 | 20 | 21 21h45

Sala Estúdio
19 | Ilíada 1h15   20 | Eneida 1h30    21| Odisseia 1h30 
 
Ilíada e Odisseia de Homero e Eneida de Virgílio
Direcção e interpretação Gianluisi Tosto
Gianluisi Tosto, Itália

Reunir três obras literárias numa mesma peça não pode ser fruto do acaso, nem certamente o é nesta encenação de Gianluigi Tosto que apresenta os três textos considerados como fundadores da épica ocidental numa mesma produção. Há notícia da existência de poemas épicos ou de “criação” na maioria das antigas civilizações e, se algum ponto de contacto existe entre estas e as epopeias clássicas, esse ponto é a sua origem: nascem de forma quase espontânea, popular e colectiva dando forma narrativa organizada a uma série de lendas transmitidas oralmente. Poder-se-ia até dizer que este tipo de obra poética parece existir como resposta ao irreprimível impulso humano de contar histórias.

Numa época em que o Ocidente se debate com uma quebra generalizada de regras de conduta moral e social, com uma sociedade descaracterizada do ponto de vista cultural, Gianluigi Tosto, num inovador movimento de aparente regresso ao passado, propõe uma releitura de A Ilíada, de A Odisseia e de A Eneida, convocando o espectador para um momento narrativo em que, mais do que as acções, o centro será a voz do narrador e o “cenário”, mais do que um cenário convencional, será  criado pelo próprio espectador a partir das sugestões que as palavras ditas pelo narrador lhe fizerem.

Apesar da extensão destas três obras, a verdade é que a sua métrica sempre convidou a uma leitura em voz alta das mesmas para que, a par dos acontecimentos narrados, o leitor/ouvinte se pudesse maravilhar e encantar com a musicalidade das palavras. Além disso, o conhecimento prévio das “histórias” presentes em cada uma das épicas, como outrora acontecia com as lendas em causa em cada texto, permite uma total liberdade do “espectador/ouvinte” para a fruição da palavra dita.

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