VGO (Variable Geometry Orchestra)

24 jun 2006

Músicas No Átrio do TNDM II à meia noite

24 Junho, Sábado, VGO (Variable Geometry Orchestra)
Dir. Ernesto Rodrigues

A música produzida pela Variable Geometry Orchestra resulta do jogo de acumulação e interacção de massas sonoras, provenientes de diversos meios, sejam eles acústicos, eléctricos ou electrónicos, numa tentativa de contínua busca de pequenos detalhes e significados em termos musicais/sonoros.

Através da estruturação da orquestra em pequenos grupos (naipes) instrumentais, a composição em tempo real oscila entre a organização formal do caos, do ""tutti"" orquestral, onde existe uma tentativa de aplicação de novos conceitos de indeterminação e composição instantânea, e situações de dialogo de pequenos grupos.

Estas, contribuem para uma erupção assimetricamente alternada de momentos de som e silêncio (ausência de som identificável), seja pela emissão de sons de características subliminares e psico-acústicas, seja pela completa ausência de sons, permitindo assim aos músicos recuperar o seu ritmo natural de respiração e sentido aleatório de pulsação.

Press quotes

“O que a Variable Geometry Orchestra provou é que há outro jazz emergente, que desponta e se ergue das cinzas do género, apoiado no melhor que a livre-improvisação tem para dar, espécie de tertium genus diferente do que se conhece no panorama das orquestras de free jazz ou de free improv, europeias ou americanas, do passado e da actualidade. Com uma vivência musical muito para além das pré-formatadas regras de organização sonora. Há algo de novo que se conjuga com o que é comum a outras linguagens. O resultado prático é uma espantosa e empolgante sucessão de quadros musicais expostos com grande convicção, mérito de todos os participantes e em especial de Ernesto Rodrigues, diligente congregador de vontades e organizador sonoro de gabarito.”

Eduardo Chagas, (Jazz e Arredores)

 

“Um facto histórico respeitante à música improvisada nacional (…) Aguarda-se com expectativa a gravação deste empreendimento bem como uma actuação para um público mais abrangente. Ficamos à espera.”

Carlos Lourenço, (Free Jazz Improv)

 

“Fui assistir a um concerto do Ernesto Rodrigues e da Orquestra de Geometria Variável. (…) Ficamos atordoados e despertos, como quando experimentamos cogumelos mágicos. Parece não haver princípio, parece não haver fim num tempo que parou e fica flutuante nos sons e na sua hipérbole.
Momentos como este valem um êxtase. Divino como o que se concentra e prolonga. Um som que se ouve no silêncio do conhecimento.”

António Eloy

 

“Enquanto atravessava o Bairro Alto a caminho da ZDB para assistir ao concerto da Variable Geometry Orchestra, dizia para os meus botões esperar uma sessão de livre-improvisação clássica, em passo lento e muito jogo a meio-campo. Surpresa! Adianto já que foi um dos melhores concertos a que assisti este ano.
Na realidade, deparei-me com um magnífico trabalho orquestral, feliz na exploração tímbrica, na difícil administração de 16 egos, autogestão dos tempos de entrada e saída, no saber ouvir, reagir e estar parado – papel fundamental!”

Eduardo Chagas (Jazz e Arredores)

 

“Num raro momento em que fervilham ideias e projectos na improvisação portuguesa, aguardam-se com curiosidade futuros desenvolvimentos relativamente a este large ensemble nacional, talvez a “nossa” mais imponente formação.”

Nuno Catarino (Bodyspace)

 

“O concerto da Variable Geometry Orchestra de ontem à noite na ZDB foi um acontecimento altamente estimulante (…) que encontra referências tanto do jazz como da livre-improvisção. O que faz desta orquestra um caso único, felizmente repetível.”

Eduardo Chagas (Jazz e Arredores)

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