Penélope
um projetoUMCOLETIVO
Penélope
uma criação coletiva
com Cátia Terrinca
coencenação Miguel Moreira
dramaturgia Ricardo Boléo
cenografia Bruno Caracol
desenho de luz João P. Nunes
desenho de som Mariana Bragada
figurino Jorge Moita
intervenção paisagística Filipa Cabrita
design David Costa
apoio à manipulação de objetos Caroline Bergeron
apoio à produção Simone Donatelli
fotografia Alexandre Nobre
produção UMCOLETIVO
coprodução Teatro Nacional D. Maria II em parceria com Fundação Calouste Gulbenkian, CAE Portalegre e em parceria com a Direção Geral das Artes e das Indústrias Criativas de Cabo Verde
A classificar pela CCE
Estrutura financiada pelo Município de Portalegre
Penélope, a partir do Volume II da obra homónima e inédita da escrita Alice Sampaio, é um objeto artístico disruptivo que propõe dois encontros entre artistas e público. Aqui, Ulisses fala-nos como a chuva. Na senda de um conjunto de espetáculos pensados para todas as infâncias, Penélope é um poema visual cujas raízes apelam a conhecimentos interdisciplinares da agricultura e da educação, possibilitando a criação de relação de afetividade entre os espectadores e a terra - com o objetivo maior de os colocar perante questões transversais à contemporaneidade relacionadas com as novas formas de agricultura sustentável, cujas técnicas hidropónicas permitem intervir nos solos com mais carências ao nível da água.
Penélope é, para além de um projeto de desenvolvimento de novos públicos, na medida em que estas camas de permacultura são feitas nas escolas, trabalhando horizontalmente a população escolar (professores, técnicos, encarregados de educação e alunos) no sentido de a envolver na criação de um objeto de artes contemporâneas, também um projeto de desenvolvimento cívico, porque oferece ferramentas para dimensionar o futuro dos solos e trabalhar em direção à agricultura autossustentável. Num primeiro momento, em conjunto, é feita uma cama de permacultura e uma formação em agroecologia e sustentabilidade; num segundo momento, os cuidadores do espaço cénico/horta, recebem um poema visual coreografado por Miguel Moreira.
Haverá, eventualmente, um terceiro momento - em que a cenografia é degustada e, a partir daí, no seu espaço vazio podem ser cultivadas outras sementes - de outros alimentos, de outras flores, de outros espetáculos.
A pergunta "de que se alimenta a espera?” é motivo suficiente para pensar a agricultura como a paisagem por excelência da esperança.